Por suas dimensões acadêmicas, a Universidade Federal do Pará requer um esforço grande de expansão de sua infraestrutura física. Somos, desse ponto de vista, uma Universidade inacabada e ainda em expansão. O processo de conquista de novos espaços construídos requer considerável esforço financeiro, que só é possível em um ambiente de disponibilidade orçamentária. No período 2016-2020, no entanto, as Universidades Federais conviveram com as maiores restrições em seus orçamentos dos últimos vinte a trinta anos. Os recursos de investimento, que podem ser destinados a obras, reduziram-se a pouco mais de 10% do que representavam cinco anos atrás. 

Esse cenário exigiu da Administração Superior da UFPA enorme capacidade de gestão, para captar recursos adicionais (junto ao MEC, de emendas parlamentares e de parcerias diversas) e para utilizar com maior eficiência e aproveitamento os recursos disponíveis. Os resultados são indiscutivelmente positivos e podemos aqui elencar várias conquistas que acumulamos, apesar de todas as dificuldades.

No Campus do Guamá, em Belém, obtivemos recursos e empenhamos todas as despesas previstas para a conclusão da obra da orla, e estamos entregando à comunidade o trecho do Setor Básico. Também executamos integralmente, mobiliamos (em alguns casos) e entregamos à comunidade as obras de ampliação do Restaurante Universitário do Setor Profissional, de reforma e adaptação do Núcleo de Conciliação e Arbitragem do ICJ e do Laboratório de Gerenciamento de Resíduos. Executamos a conclusão e já entregamos os prédios do anexo dos Institutos de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) e Letras e Comunicação (ILC), do Laboratório de Engenharia Civil – Bloco A, da Faculdade de Química, da Faculdade de Biotecnologia e do Programa de Pós-Graduação em Letras (PPGL). E estamos com obras em andamento (com empenho financeiro) para os prédios da expansão do Instituto de Ciências Sociais Aplicadas, do bloco multiuso das Faculdades de Farmácia e de Odontologia, do Instituto de Ciências da Saúde, da Casa do Estudante, do Laboratório de Demonstrações Físicas, do Cinema, Livraria e Editora da UFPA e do Clube de Ciências.

Criamos, no Centro Histórico de Belém, o novo espaço Mercedários|UFPA, que estende a atuação da UFPA, tanto fisicamente, para um novo ambiente de grande valor histórico e patrimonial, quanto na sua relação com a sociedade, fortalecendo o trabalho voltado às áreas de Patrimônio, Arquitetura, Cultura e Artes. No Mercedários | UFPA, já são ofertados dois novos cursos (graduação em Conservação e Restauro e Mestrado em Ciências do Patrimônio) e contará em breve com a nova Galeria da UFPA, o Museu do Restauro, uma livraria da EDUFPA e um espaço para atividades da Escola de Música da UFPA.

No Campus de Abaetetuba, executamos a obra de conclusão do Laboratório de Engenharia Industrial. No Campus de Altamira, reformamos e ampliamos a Casa do Estudante, concluímos e entregamos o Bloco Multiuso de quatro pavimentos, o Laboratório de Linguagem e o prédio da Faculdade de Geografia. Também estamos executando a obra de urbanização do Campus II. No futuro Campus de Ananindeua, construímos a biblioteca, o auditório, parte do muro e poço para abastecimento de água. No Campus de Breves, construímos a primeira etapa do muro do campus, concluímos e entregamos a Casa do Estudante e um Bloco Administrativo, com amplo auditório. No Campus de Bragança, concluímos a construção de um novo prédio acadêmico, com quatro pavimentos e estamos executando a construção dos viveiros, canais e reservatórios do Centro de Pesquisas em Aquicultura do Nordeste Paraense – CEAMPA. No Campus de Cametá, construímos e entregamos a Casa do Estudante. Em Castanhal, concluímos, mobiliamos e entregamos a Faculdade de Computação. Em Tucuruí, estamos concluindo dois prédios de quatro pavimentos, no novo campus.

Para Ananindeua, elaboramos ainda os projetos de urbanização e de edificações acadêmicas e administrativas, licitamos as obras e temos negociado com o MEC a liberação de recursos para a construção. Em Salinópolis, iniciamos o projeto de urbanização do campus e trabalhamos pela captação de recursos para a sua construção. Nos dois campi, investimentos, enquanto isso, em laboratórios de ensino, por meio do LABInfra.

Em todos os campi, avançamos com as obras de acessibilidade. E passamos a adotar protocolos mais rigorosos de fiscalização de obras e de cumprimento de contratos, processo favorecido pela criação, no âmbito da PROAD, da Comissão de Fiscalização de Contratos.

A fim de avançarmos com o processo de melhoria e expansão da infraestrutura física da UFPA, propomos:

• Dotar os campi de Planos Diretores.
• Investir na urbanização, paisagismo e sistema viário para os campi.
• Investir em tecnologias para o aperfeiçoamento do sistema de vigilância, a fim de tornar mais seguros a permanência e os deslocamentos no interior dos campi.
• Concluir as obras de urbanização e edificações em andamento nos campi. 
• Avançar com programas de conservação preventiva das instalações da UFPA, evitando problemas que venham a comprometer o seu uso e reduzindo os custos de sua recuperação.
• Avançar com a descentralização do processo de contratação de serviços para a conservação e reparo dos ambientes das várias unidades e campi. 
• Aperfeiçoar o acompanhamento e fiscalização de obras nos campi, recorrendo sempre à Comissão de Fiscalização de Contratos, criada em 2018 no âmbito da PROAD.
• Aperfeiçoar o sistema de limpeza de áreas internas e externas nos campi.

Essas são as nossas proposições para a gestão da Universidade Federal do Pará nos próximos quatro anos. Como brevemente apresentamos neste Programa, nossas propostas têm como fundamento as experiências e realizações que desenvolvemos no período de 2016 a 2020, com a colaboração e a dedicação da comunidade acadêmica. Ao mesmo tempo em que tivemos a oportunidade de realizar grandes avanços, sabemos que ainda são muitos os desafios para a manutenção e fortalecimento do projeto de Universidade Pública Autônoma, de Excelência, Democrática, Plural, Diversa e Inclusiva que defendemos e que é o maior patrimônio público da nação brasileira, instituição indispensável à construção da soberania e do enfrentamento das desigualdades no país. Novamente, contamos com a cooperação e a confiança de docentes, servidoras(es) técnico-administrativas(os) e discentes neste projeto!